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Embalagem para vacina

EMBALAGEM
PARA VACINA

Uma entrevista com a Schott

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

O assunto nunca esteve tão em alta como hoje, e eu imagino que você saiba do que estou falando. Vacinas. 

A atenção do público se concentrou nos avanços dos pesquisadores que desenvolvem vacinas contra o coronavírus. Tão sonhadas pela população mundial ao longo de 2020, elas continuam sendo um dos assuntos mais importantes do momento. Após um ano e meio de pandemia, elas vieram para dar esperança de um novo começo para todos, depois de um período tão doloroso e cheio de mudanças.

É claro que a vacinação sempre foi algo presente na vida contemporânea, e sempre teve importância fundamental na contenção de várias doenças. Entretanto, é nítida a proporção gigantesca que o assunto vem tomando nos últimos tempos, e a felicidade que acompanha cada uma das doses tomadas contra a Covid-19. 

Seja qual for a marca, laboratório ou nacionalidade da nossa tão esperada vacina, você sabe o que todas elas têm em comum? Todas estão armazenadas em Embalagem de Vidro. 

O vidro de borossilicato é o único indicado para armazenar as vacinas (e vários outros medicamentos injetáveis), porque a sua composição, levemente diferente dos vidros utilizados no dia-a-dia, permite a constituição de um material extremamente resistente e durável. 

O vidro borossilicato é o único material que não interage com a substância das vacinas, não alterando suas propriedades e características fundamentais, fatores primordiais para proteger um objeto tão delicado como o líquido de uma vacina. 

A maior fabricante de vidros especializados para ampolas, frascos e seringas de vacinas, a Schott, teve fundamental importância no processo de produção de vacinas para Covid-19 no Brasil. No mundo, suas ampolas, frascos e seringas foram capazes de armazenar diversas doses de diferentes farmacêuticas.

Portfolio Schott de vidros para vacina 

Líder nos vidros farmacêuticos

SCHOTT é um dos líderes mundiais no fornecimento de embalagens parenterais para a indústria farmacêutica. Mais de 600 linhas de produção em 13 países ao redor do mundo produzindo mais de 10 bilhões de seringas, frascos, ampolas, carpules e artigos especiais de tubos de vidro ou polímero.

Para saber mais sobre o processo de produção de ampolas, frascos e seringas de vidro borossilicato e a produção de vacinas no Brasil, conversamos com Quineo Marques, Diretor Comercial da SCHOTT para a América do Sul.

Como é feita a produção de ampolas e frascos para vacinas no Brasil, já que as seringas não são fabricadas aqui?

Tanto ampolas como frascos são produzidos a partir de tubos de vidro, produzidos também no Brasil, sendo conformados a quente em máquinas rotativas. Esse processo de conversão em embalagem final é feito de acordo com suas especificações dimensionais e deve garantir que as características física e química do vidro, fundamentais para manter a estabilidade do medicamento, sejam mantidas durante todo o processo de transformação, dando assim garantia durante todo a tempo de armazenamento do medicamento. O tubo de vidro marca FIOLAX® da SCHOTT, é de borossilicato, sendo considerado neutro, da 1ª classe hidrolítica, produzido dentro de todos os padrões exigidos desde 1911, quando foi inventado pelos fundadores do grupo SCHOTT. 

Qual é a diferença de vidro de ampolas, frascos e seringas, para um vidro usado no dia-a-dia? 

As vacinas, como toda solução injetável, devem ser envasadas em embalagem de vidro Tipo I, da 1° classe hidrolítica, especialmente desenvolvido para essa finalidade. Ele é fundamental para manter as características ou princípio ativo dos medicamentos. O vidro de outras embalagens é considerado do tipo III, com composição química diferente, portanto sem o mesmo nível de neutralidade.

Qual é a importância do vidro para o armazenamento de medicamentos e porque ele é único material indicado para isso?

Os medicamentos injetáveis líquidos, devido ao contato direto com a parede interna das embalagens, estão dentro das chamadas “Embalagens primárias”. Esta grande interação com a embalagem pode gerar reações adversas ao medicamento alterando sua eficácia.  Só o vidro tipo I da 1ª classe hidrolítica é capaz de garantir a estabilidade do medicamento durante sua fase de armazenamento até seu uso final, pois é totalmente inerte, não altera o princípio ativo das medicações.

Quais foram os maiores desafios ao longo desse ano de pandemia e com a produção em massa das vacinas?

Inicialmente, sem dúvida, foi a falta de capacidade de suprimento dessas embalagens devido ao mercado de embalagens de vidro tipo I já estar aquecido mundialmente por causa das novas regulamentações da China.

Devemos considerar que do dia para noite surgiu a necessidade de planejar a vacinação de cerca de 7 bilhões de pessoas no mundo e 210 milhões no Brasil. Além disso, não se sabia que tipo de embalagem seria utilizada e quantas doses seriam necessárias por pessoa.

Logicamente para o Brasil tudo isso chegou somente após estas definições, o que prejudicou ainda mais qualquer planejamento. Devemos adicionar a tudo isso o fato de que os fabricantes de vacinas no Brasil são institutos governamentais que dependem de um processo de licitação, sempre buscando celeridade e preço baixo.

Para o ano de 2021 conseguimos atender essa demanda adicional e estamos tentando prever a demanda para os próximos anos. No entanto, se esses institutos que produzem as vacinas não planejarem suas compras, correrão o risco de desabastecimento. 

Sobre a SCHOTT e as embalagens para vacinas

As embalagens mais usadas no mercado de vacinas injetáveis são as seringas prontas para envase (RTU ou ready-to-use) e os frascos. 

Devido à emergência causada pela pandemia da Covid-19 mencionada anteriormente, houve a necessidade imediata de um grande volume de embalagens não disponíveis em seringas ou frascos e com isso há a busca por alternativas, como as ampolas, que são as embalagem mais utilizadas mundialmente para medicamentos injetáveis, comuns em dose única e também com menor custo, mas de difícil manuseio em campanhas de vacinação.

No caso das seringas pré-envasadas, há a facilidade de aplicação na dosagem correta, sem a necessidade de manipulação prévia, mas têm alto custo. Os frascos apresentam a possibilidade de ser multidose, com uso de seringas descartáveis para cada aplicação.

A SCHOTT fabrica mundialmente 12 bilhões de embalagens farmacêuticas, entre elas, as de vacinas. Para se ter uma ideia da relevância da empresa na pandemia, três em cada quatro projetos atualmente envolvidos na fabricação de uma vacina COVID-19 dependem de embalagens de vidro da SCHOTT. Até o final de 2021, a empresa terá entregue frascos suficientes para dois bilhões de doses de vacina. A SCHOTT já investe em sua capacidade de produção desde 2019 e foi, portanto, capaz de aumentar sua fabricação durante a pandemia. No total, os investimentos no setor farmacêutico chegarão a cerca de US$1 bilhão até 2025. A SCHOTT terá gasto metade desse valor até o final de 2021.

Sobre a SCHOTT AG:

Pioneirismo – responsabilidade – união.

Esses atributos caracterizam a SCHOTT como fabricante de materiais de alta tecnologia para vidros especiais. O fundador Otto Schott é considerado seu inventor e se tornou o precursor de toda uma indústria. Sempre abrindo novos mercados e aplicações com um espírito pioneiro e apaixonado – isso é o que tem movido os #glasslovers da SCHOTT por mais de 130 anos. Representada em 34 países, a empresa é uma parceira altamente qualificada para indústrias de alta tecnologia: Saúde, Eletrodomésticos e Living, Eletrônicos de Consumo, Semicondutores e Datacom, Óptica, Indústria e Energia, Automotiva, Astronomia e Aeroespacial. No ano fiscal de 2020, seus 16.500 funcionários geraram vendas de 2,24 bilhões de euros. Com as melhores equipes, apoiadas nas melhores ferramentas digitais, o grupo pretende continuar a crescer. A SCHOTT AG é propriedade da Carl Zeiss Foundation, uma das fundações mais antigas da Alemanha. Usa os dividendos do Grupo para promover a ciência. Como uma fundação que é, a SCHOTT ancorou a responsabilidade pelos funcionários, pela sociedade e pelo meio ambiente profundamente em seu DNA. A meta é se tornar uma empresa neutra para o clima até 2030.

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Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

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Usina de beneficiamento de vidro para a reciclagem

Usina de beneficiamento de vidro para a reciclagem

Uma entrevista com a Vidroporto

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

A economia circular no setor vidreiro começa na própria fabricação das embalagens. Sem a reciclagem e a retornabilidade dos cacos de vidro, o ciclo das embalagens não se fecha, e o resultado é uma maior geração de resíduos. É por essa razão que para o setor vidreiro a sustentabilidade é parte inerente da produção das embalagens, sendo fundamental para o bom funcionamento do negócio e para a qualidade dos produtos oferecidos.

Como o vidro é uma embalagem de ciclo fechado, ele é reciclado na própria fábrica de produção, que usa o caco na mistura de ingredientes para fabricar novos vasilhames. O processo de reciclagem evita o uso de matéria-prima virgem (extraída da natureza), diminui a quantidade de energia e gás natural usados nas fábricas, e, consequentemente, a emissão de gases efeito estufa.

Algumas etapas muito importantes na cadeia de reciclagem do vidro são a triagem e o beneficiamento dos resíduos. Se os resíduos não são separados corretamente no descarte, a reciclagem fica comprometida. No caso do vidro, as embalagens possuem alguns elementos extras, como tampas, rótulos, caixas, dosadores e afins, que podem comprometer a reciclagem se entrarem nos fornos de fabricação de vidro. O beneficiamento tem justamente a função de limpar o vidro e deixá-lo pronto para a reciclagem. Essa etapa geralmente é realizada por cooperativas ou empresas especializadas, garantindo a boa qualidade desse ciclo.

A empresa VIDROPORTO, fabricante brasileira de embalagens de vidro desde 1977, desenvolveu sua própria usina de beneficiamento de caco de vidro a fim de intensificar a reciclagem de vidro em sua produção.

A empresa inaugurou a usina em 2013 e desde então se tornou a primeira empresa brasileira a trabalhar com essa tecnologia de beneficiamento. Além de efetuar a logística reversa, a usina de beneficiamento aumenta a quantidade e a qualidade do material a ser reciclado

Usina da Vidroporto na cidade de Porto Ferreira. 

PIONEIRISMO NA ECONOMIA CIRCULAR

Em 2013, a VIDROPORTO automatizou sua Usina de Beneficiamento de Caco, tornando-se a primeira empresa no Brasil a trabalhar com esse tipo de tecnologia, com capacidade de beneficiamento de 20 toneladas de vidro/hora

Para entender melhor esse processo, conversamos com Edson Rossi, Diretor Presidente da VIDROPORTO.

A utilização do vidro pós consumo é importante para a Vidroporto? Qual é a estratégia de sustentabilidade da empresa?

A reutilização de vidro é extremamente importante para o processo de produção de embalagens deste material, tendo em vista que, o aumento de seu percentual de uso na composição das embalagens torna o processo mais sustentável por diminuir a quantidade de uso de matérias-primas extraídas da natureza e o percentual de consumo de insumos energéticos, responsáveis pela fusão do vidro como gás natural e energia elétrica. A estratégia da empresa é ampliar suas fontes de captação, onde busca aumentar gradativamente o percentual de consumo do caco. Além disso, atuamos em projetos próprios de captação regional de caco, promovendo a destinação correta das embalagens de vidro, antes descartadas em aterros sanitários.

 

Qual é a importância do beneficiamento para a reciclagem do vidro?

O vidro é 100% reciclável, ou seja, com uma tonelada de Caco Reciclado podemos produzir uma tonelada de vidro novo, sem perdas no processo. Portanto, a reciclagem é de extrema importância para a indústria. Ainda podemos apresentar outros benefícios quanto à reciclagem deste material:

– Desafogar os aterros;

– Reduzir impactos ambientais em jazidas;

– Fomentar a cadeia de reciclagem gerando renda;

– Atender a PNRS-Política Nacional de Resíduos Sólidos na sua exigência de Logística Reversa.

– Reduzir emissões atmosféricas e gases do efeito estufa.

O processo de beneficiamento do vidro é fundamental para que possamos ter segurança e condições para uso desse material no lugar da matéria-prima virgem. Por isso é tão importante que haja a conscientização da população quanto ao descarte correto. Produtos como lâmpadas, por exemplo, que recebem tratamentos químicos em sua produção, não podem ter a mesma destinação que uma garrafa de vidro, mesmo também sendo vidro.

 

Quais são as vantagens de se ter uma usina própria de beneficiamento? Como funciona a estação de triagem e beneficiamento?

A maior vantagem é garantir a qualidade da matéria-prima e com isso poder ter uma maior utilização de caco. O processo de beneficiamento e triagem do caco se dá através de processos automatizados no qual são retirados outros materiais que não são vidro, depois, o caco passa por um processo de britagem para atingir a granulometria adequada para a utilização da matéria-prima.

 

Qual é a origem do caco de vidro que é beneficiado na usina da VIDROPORTO?

A Vidroporto adquire caco com empresas parceiras a cooperativas de coleta de vidro.

 

Qual é a capacidade da usina? Ela é capaz de suprir toda a necessidade de caco da empresa?

Nossa usina de beneficiamento detém a capacidade de processamento de mais de 60% da demanda de matéria-prima dos fornos da Vidroporto Unidade Sudeste.

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

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EMBALAGENS RECICLADAS PARA PERFUMARIA

EMBALAGENS RECICLADAS PARA PERFUMARIA

Entrevista com a Wheaton sobre a sua linha de embalagens recicláveis de perfumes

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

As fragrâncias ou os perfumes são capazes de provocar sensações boas ou ruins, nos remeter a lembranças de pessoas, momentos ou lugares. A “memória olfativa” acontece porque o olfato está diretamente ligado aos mecanismos fisiológicos que regem as emoções. Quando sentimos um cheiro de um perfume, o mesmo acontece.

O perfume que usamos pode refletir nosso estado de espírito naquele momento, ou pode traduzir nossa personalidade. Cada fragrância é único e extremamente pessoal e, por isso, uma determinada fragrância pode ser uma marca registrada de alguém, de algum lugar ou até mesmo de algum objeto. 

Existem diversos caminhos olfativos de perfumes.  Sejam eles cítricos, florais ou amadeirados, o melhor recipiente para armazenar esse líquido com tantas particularidades é o vidro, pois ele protege o conteúdo que armazena, garantindo que a fragrância chegue mais pura ao olfato do consumidor. 

Para falar sobre a tendência da sustentabilidade no setor dos cosméticos, conversamos com Ricardo Lopes, Gerente de Marketing e Desenvolvimento de Novos Produtos, da empresa Wheaton, uma das maiores produtoras de embalagem para cosmético no Brasil.

COMPROMISSO SUSTENTÁVEL!

O Grupo Wheaton Brasil está comprometido com a preservação do meio ambiente, melhorando continuamente seus processos, produtos e sistemas por meio da conscientização e adoção de programas eficazes. O Grupo mantem um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), baseado na Norma ISO 14001, através do qual identifica, controla, reduz e elimina aspectos e impactos ambientais gerados em suas atividades.

Confira agora a entrevista com Ricardo Lopes.

A Wheaton vem percorrendo um caminho em direção a um futuro mais sustentável e produz suas embalagens com material reciclado. De onde veio essa nova demanda de sustentabilidade? Na sua opinião, quais são as tendências para o setor de cosméticos e de embalagens de vidro? 

A produção de embalagens de vidro da Wheaton utiliza mais de 270 toneladasde caco reciclado pós-consumo na produção para o vidro flint (transparente) e mais de 1000 toneladasde caco reciclado pós-consumo para vidro âmbar.

Além disso, todo o caco interno, originário do próprio processo produtivo, também é reutilizado para produzir novas embalagens reduzindo a retirada de matéria-prima na natureza.

Os consumidores estão buscando estilos de vida mais conscientes, refletido nas marcas, produtos e serviços que escolhe. 

Além das embalagens sustentáveis, cada vez mais consumidores aderem ao “low-waste” ou “zero waste” (zero desperdício). Esse movimento já está gerando frutos em países como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra, que possuem mercados que oferecem sessões de refil para comida e produtos de limpeza a preços reduzidos. Ao mesmo tempo que essa solução agrada ao bolso do consumidor, cria uma experiência coletiva de comunidade.

Uma grande tendência dentro do mercado da perfumaria é a refilagem de perfume, ou seja, reabastecimento da embalagem após o uso. Uma atitude que diminui o consumo de novas embalagens e, consequentemente, reduz o descarte de resíduos no meio ambiente. Para essa nova forma de consumo, oferecemos opções tanto para o frasco que será reabastecido como o frasco que será o refil.


Quais são as vantagens ambientais de se usar embalagens com vidro reciclado?

 

Embalagens de vidro podem ser totalmente reaproveitadas no ciclo produtivo da reciclagem sem nenhuma perda das características e propriedades do material. Ao agregarmos o caco na produção do vidro, diminuímos a retirada de matéria-prima da natureza. Além disso, a reutilização do vidro para a produção de novas embalagens consome menor quantidade de energia e emite resíduos menos particulados de CO2, contribuindo para a preservação do meio ambiente.


Quais serão os próximos passos no quesito embalagens mais sustentáveis? 

 

A Wheaton dá passos importantes e que fazem a diferença para construir uma indústria mais consciente e sustentável.

Acabamos de lançar a Ecoglass, uma linha sustentável de embalagens, que foi desenvolvida para promover a economia circular e, principalmente, a redução do consumo de matérias-primas retiradas da natureza.
São quatro diferentes modelos de frascos de vidro, todos desenvolvidos para proteger o meio ambiente.

Desenvolvemos um modelo com design diferenciado e redução de massa vítrea. Os benefícios alcançados com esse projeto envolvem redução do consumo de água e energia, além da redução de mais de 30% na emissão de CO2. 

Outros modelos foram desenvolvidos com terminação rosca GCMI 410-15 que torna o frasco refilável, podendo ser reabastecido outras vezes.
Outro benefício é a facilidade para retirar a válvula do frasco, agilizando a separação dos componentes para um descarte adequado.

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

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Vidro e a Economia Circular

Vidro e a Economia Circular

Owens-Illinois alcança selo platium na Cradle to Cradle Certified

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

A economia circular é um assunto que vem crescendo e sendo adotada como referência por empresas e sociedade, que está cada vez mais preocupada com as questões ambientais. A economia circular busca romper com o modelo linear de consumo, onde extraímos matérias primas, fabricamos mercadorias e descartamos os resíduos, produzindo lixo. A ideia de economia circular busca conectar a geração de produtos e mercadorias com o seu fim de vida útil, aumentando seu ciclo de uso e reaproveitando os recursos naturais ao máximo! Assim como a natureza faz!

Mais do que somente reciclar os resíduos, o foco da economia circular é direcionado para repensarmos também a concepção e a otimização dos materiais e dos produtos que consumimos.

ECONOMIA CIRCULAR CERTIFICADA!

O selo Cradle To Cradle, concebido à Owens Illinois surgiu com o propósito de estimular a economia circular nas empresas. O certificado é mundialmente reconhecido e para recebê-lo é necessário ter uma performance exemplar em cinco quesitos socioambientais: saúde material, reutilização de materiais, energia renovável e gestão de carbono, gestão hídrica e justiça social.

E como o vidro se encaixa nesse propósito?

Produzimos embalagens que podem ser recicladas infinitas vezes. E quando utilizadas como embalagens retornáveis, as embalagens de vidro aumentam seu ciclo de vida, podendo ser reutilizadas por anos!

 A indústria vidreira, como um todo, estabelece um compromisso constante com a sustentabilidade em todas as suas vertentes. E como reconhecimento desse esforço, a fabricante de embalagens de vidro Owens Illinois (O-I) recebeu certificação máxima – PLATINUM – da Cradle to Cradle Certified, por suas práticas de sustentabilidade, se tornando a única empresa de embalagens de alimentos e bebidas a receber este mérito.

O Instituto de Inovação de Produtos Cradle to Cradle (“do berço ao berço”), criador do selo, surgiu com o propósito de estimular a economia circular nas empresas. O certificado é mundialmente reconhecido e para recebê-lo é necessário ter uma performance exemplar em cinco quesitos socioambientais: saúde material, reutilização de materiais, energia renovável e gestão de carbono, gestão hídrica e justiça social.

Para entender um pouco mais sobre esse assunto e conhecer melhor esse movimento que impacta diretamente o setor e a sociedade, conversamos com o comitê de Sustentabilidade, da O-I, que nos contou mais sobre essa conquista tão importante para a empresa.’

Confira agora a entrevista com o Comitê de sustentabilidade da O-I

A O-I recebeu pontuações altíssimas em três das cinco categorias do certificado. Na opinião da empresa, alguma dessas categorias é especialmente importante para o setor do vidro?

O objetivo da certificação Cradle to Cradle é estimular a circularidade, que tem como princípios: reduzir, reutilizar, reciclar e renovar. A embalagem de vidro se destaca em todas as categorias, principalmente na saúde e na reutilização de materiais. Explicando melhor, o vidro, que é formado a partir da fusão da areia de sílica, carbonato de sódio e calcário, é infinitamente reciclável, pois antes de alcançar o fim da sua vida útil, a embalagem de vidro pode ser projetada para devolução e envase cerca de 40 vezes, reduzindo a necessidade de uma nova embalagem. Por fim, tudo o que é necessário se fazer quando a embalagem já está desgastada ou quebrada é reaquece-la, reciclando-a e a transformando em outro recipiente de vidro. Além disso, outro ponto que torna o vidro uma embalagem de altíssima qualidade é a saúde material: o vidro é inerte e não afeta o sabor, o cheiro ou a aparência do produto que está dentro da embalagem. O que você coloca é o que você tira, exatamente como o produtor deseja.

 

Além da reciclabilidade e retornabilidade, que são atributos em linha com a economia circular, quais são as outras características do material vidro que são benéficas para os consumidores, e que levaram a aquisição desses certificados?


Critérios de saúde:

– É inerte (não reage quimicamente), por isso dizemos que é puro. O produto dentro das embalagens de vidro pode ser aquecido ou resfriado, sem risco de contaminação.

– É mais saudável, pois não libera desreguladores endócrinos, como bisfenol e ftalatos, prejudiciais à saúde.

Reciclagem e Reutilização:

– 100% reciclável, podendo ser reciclado infinitamente sem nenhuma perda de patrimônio e com ganhos para a Sociedade e para o Meio Ambiente;

– Retornável: recipientes de vidro com esta característica podem ser enchidos de 30 a 40 vezes pelo fabricante da bebida

– Reutilizáveis: Potes de geleia, requeijão e outros alimentos podem ter um segundo uso doméstico, como copo, porta-bugigangas ou embalagens caseiras.

Igualdade social:

– Inclusão: O processo de logística reversa do vidro gera empregos e renda em diferentes níveis da cadeia produtiva.

Energia:

– Cada tonelada de vidro reciclado reduz o consumo de energia em 3,0%

 

Quais vocês consideram ser os impactos desses certificados para o setor de embalagens no geral?

O Cradle to Cradle é um dos principais certificados de Sustentabilidade no âmbito Global e isso diferencia a O-I como a melhor fornecedora, no setor de recipientes de vidro. A certificação tende a ser uma referência de qualidade e respeito ao consumidor, que está cada vez mais atento às escolhas por produtos e embalagens mais saudáveis ​​e sustentáveis.

 

Como tem sido a visibilidade deste tema entre os consumidores e fabricantes de bebida e alimentos?

A certificação Cradle to Cradle é reconhecida por consumidores e fabricantes como a principal classificação que diferencia os fornecedores no quesito sustentabilidade e reciclagem.

Quais são os próximos objetivos e metas da empresa em linha com a economia circular e com o Cradle to Cradle Certified?

– Aumentar o conteúdo reciclado para uma média de 50% até 2030. A O-I está adotando uma abordagem personalizada para aumentar as taxas de conteúdo reciclado em sua rede corporativa, uma vez que as taxas variam significativamente de acordo com a geografia.

– SBTi aprovou meta para reduzir as emissões de GEE em 25% até 2030 (meta provisória de 10% até 2025).

– Criar um ambiente diverso e inclusivo onde as pessoas se sintam bem-vindas para criar um futuro melhor para si mesmas, para os outros e para O-I. Estamos focados em aumentar todos os aspectos da diversidade em nossa equipe.

– Reduzir a quantidade de recursos naturais utilizados e reduzir a geração de resíduos por meio do reaproveitamento e reciclagem, à medida que caminhamos em direção a uma organização Lixo Zero.

– Vemos uma grande oportunidade de impactar positivamente o planeta e as comunidades onde atuamos. Colaboraremos com clientes, ONGs, fornecedores e lideranças locais para disponibilizar a reciclagem de vidro em 100% de nossas localidades.

– Estamos comprometidos em reduzir nosso uso global de água em 25% até 2030, priorizando as operações nas áreas de maior risco.

– A energia renovável é um pilar da nossa estratégia para reduzir as emissões de carbono. Nossa meta é atingir 40% do uso de energia renovável até 2030 e reduzir o consumo total de energia em 9%.

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Gabriela Ditt Lutti

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A indústria do vidro e seu empenho pela sustentabilidade.

A indústria do vidro e
seu empenho pela sustentabilidade.

Uma entrevista com a Verallia

Escrito por:

Gabriela Ditt Lutti

Analista de Relações Governamentais na Abividro

Felizmente, os cidadãos estão cada dia mais atentos e conscientes sobre os desafios para um mundo mais sustentável. E a escolha das embalagens dos produtos que consumimos são parte fundamental para a conquista dessa nova postura do consumidor.

As embalagens deixaram de ter um papel meramente estético e apelativo ao consumidor. Além de proteger e armazenar o produto que carregam, agora elas também precisam ser eficientes e ter o menor impacto possível para o meio ambiente, atendendo novas legislações e conformidades ambientais que vêm ganhando força. Uma preocupação que surge e toma espaço nas discussões é a conformidade das embalagens em adotarem boas práticas antes de atingirem os consumidores, considerando o impacto na extração de matérias-primas, produção e transporte dos produtos.

Seguindo essas novas normas, a indústria vidreira vem se empenhando em produzir embalagens de vidro ainda mais sustentáveis. O setor está investindo na redução do peso das embalagens, mantendo as características de proteção e pureza do vidro. As embalagens mais leves são mais eficientes, pois permitem reduzir a extração de matéria prima e tornar o transporte mais eficaz, emitindo menos gases de efeito estufa.

NO CAMINHO CERTO!

As garrafas da linha ECOVA da Verallia, cujo nome é inspirado na união das siglas ECO (Ecologia) e VA (Valor) são até 30% mais leves do que as tradicionais e são “eco-projetadas”, ou seja, atendem aos requisitos técnicos, otimizando o uso de recursos naturais.

 

As novas tecnologias foram desenvolvidas para permitir redução de peso, proporcionar uma superfície mais uniforme e com maior rigidez, garantindo a proteção dos produtos armazenados no vidro com menor impacto ambiental. As garrafas long neck, por exemplo, chegaram a perder quase 25% de seu peso inicial.

As indústrias vidreiras possuem linhas de produtos mais leves, que atendem aos requisitos técnicos e otimizam o uso de recursos naturais. Isso significa que além de possuir todas as características e qualidades próprias do vidro, toda a etapa de fabricação e ciclo de vida do produto reduzem significativamente os impactos no meio ambiente.

Para entender e conhecer um pouco mais sobre essa tecnologia inovadora que vem transformando o futuro das embalagens de vidro, conversamos com Catarina Peres, Supervisora de marketing da empresa Verallia, uma das líderes mundiais na produção de embalagens de vidro para alimentos e bebidas.

A empresa possui uma linha de embalagens e produtos chamada “ECOVA”, com produtos tecnologicamente sofisticados, que são eco-projetados para manter sua qualidade, com muito menos peso.

Confira agora a entrevista com Catarina Peres

Na sua opinião, qual foi o principal direcionador para a empresa em desenvolver uma linha de produtos tecnologicamente ecológicos?

A linha ECOVA da Verallia foi lançada por volta de 2010, como uma das ações da Verallia para tornar sua linha de produtos ainda mais ecológica, cooperar  com a preservação do nosso meio  ambiente  e atingir um público consumidor cada vez mais atento a essas questões tão importantes para a saúde e integridade do planeta.


Quais são as principais vantagens desses produtos para meio ambiente? Existe alguma desvantagem?

As garrafas da linha ECOVA, cujo nome é inspirado na união das siglas ECO (Ecologia) e VA (Valor), são até 30% mais leves do que as tradicionais e são “eco-projetadas”, ou seja, atendem aos requisitos técnicos, otimizando o uso de recursos naturais.

 

Por ser um produto mais leve, a reciclabilidade do vasilhame diminui?

O vidro é um material 100% reciclável, infinitamente. A quantidade de vidro de uma embalagem em nada muda a sua reciclabilidade, ou seja, a qualidade do que é reciclável.

 

Essa tecnologia impacta de alguma maneira as propriedades únicas do vidro, como a transparência, resistência, durabilidade?

 Quando uma embalagem possui menos vidro, a tendência é sua cor ficar mais transparente, assim como no contrário, quando tem mais vidro, a cor fica mais forte, mais escura, não alterando, porém, em nada sua resistência e durabilidade.

 

Como vem sendo a aderência dos consumidores e das marcas com essa linha de embalagens?

Desde o lançamento em 2010 até hoje, a Verallia foca seus desenvolvimentos em garrafas mais leves. Nossos clientes valorizam essa linha e acreditam no valor que a embalagem ECOVA leva às suas marcas e produtos finais. Essa linha vem conquistando cada vez mais consumidores conscientes de sua responsabilidade ambiental.

 

Na sua opinião, quais serão os próximos passos na tecnologia das embalagens de vidro?

A Verallia está sempre inovando, trazendo para sua linha de embalagens formatos diferenciados e tipos diferentes de fechamento. Uma equipe de inovação está sempre trabalhando no desenvolvendo novas tecnologias para tornar o vidro cada vez mais eficiente . Consideramos que a embalagem ideal para o mundo cada vez mais responsável em que vivemos é aquela que alia leveza, beleza, conservação das propriedades do seu conteúdo (alimento/ bebida), pureza, resistência e menor impacto ao meio ambiente (reciclabilidade). E essas características, só a embalagens de vidro têm.

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Gabriela Ditt Lutti

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