Vidro no
Laboratório

Se você já entrou num laboratório, deve saber que o vidro é fundamental para o desenvolvimento da ciência e mais diversas pesquisas.

Mas por que utilizam tanto vidro? Sabemos que para garantir a idoneidade dos testes, os materiais utilizados em laboratórios não podem reagir com as substâncias que contêm, precisam oferecer ótima precisão e ainda serem extremamente limpos.

Por isso, os vidros de laboratório permitem aos cientistas medirem de forma correta as substâncias. Os vidros, por aguentarem o calor e não se distorcerem quando aquecidos, podem ser esterilizados com facilidade, o que garante a limpeza necessária dentro de um laboratório.

Como são de fácil lavagem e higienização, os recipientes de vidro também podem ser utilizados por muito tempo, fato que reduz desperdícios e geração de resíduos.

Você sabia que a adoção de equipamentos de vidro contribuiu muito para o desenvolvimento das pesquisas em laboratório?!

No início do século XIX, alguns químicos passaram a utilizar recipientes de vidro de uso cotidiano em seus experimentos, o que promoveu efeitos extremamente importantes no desenvolvimento das pesquisas em química.

Num primeiro momento, eram utilizadas garrafas de vinho para os experimentos. Mas, percebendo a importância do vidro, alguns químicos aprenderam a técnica do sopro para produzir seus próprios recipientes de vidro. 

Dessa forma, os químicos passaram a produzir recipientes em formatos específicos que facilitavam e contribuíam nas pesquisas. Assim, surgiram diversos instrumentos que conhecemos hoje, como as placas de petri e os tubos de ensaio, por exemplo.

Ao longo do século XIX, os químicos passaram a explorar formatos diversos e a apropriação da habilidade de soprar vidro teve efeitos profundamente importantes na emergente disciplina da química. 

O químico suíço Justus Liebig (1859) escreveu:

Everyone is familiar with the wonderful properties of glass. Transparent, hard, colourless, unchanged by acid and most other liquids, and, at certain temperatures, more plastic and flexible than wax, it takes, in the hands of the chemist and in the flame of a proper lamp, the form and shape of every piece of apparatus required for his experiments.

Justus Liebig (1859)

Seja na purificação, na identificação ou no desempenho de uma reação química, a evolução da química exigiu altos níveis de precisão e controle, o que os químicos puderam atingir por meio da criação de novos instrumentos de vidro. 

 

Origem do Tubo de ensaio:

O tubo de ensaio é um dos utensílios de laboratório mais utilizados. Com formato e tamanho perfeitos para armazenar pequenas quantidades de substâncias líquida, os químicos utilizam os tubos de ensaio para manipular uma substância, realizando misturas ou para serem colocadas sobre a chama de um bico de Bunsen, por exemplo.

Dois importantes químicos, Jons Jacob Berzelius (1779-1848) e Michael Faraday (1791-1867), são indicados como os inventores do tubo de ensaio. Antes dessa invenção, os manuais e livros de química sugeriam a realização de testes em taças de vinho!

 

Fabricação de vidros para laboratório: 

Para maior a resistência mecânica ao calor, ao choque térmico e aos produtos químicos – características tão importantes num laboratório –, é adicionado boro aos ingredientes do vidro comum, diminuindo a dilatação e a densidade, o que o torna mais leve. Essa mistura é chamada de borossilicato e também deixa o ponto de fusão do vidro maior, tornando ideal para o uso em pesquisas.

GOSTOU?!

Inscreva-se na nossa newsletter e receba todos os conteúdos direto no seu e-mail !

INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETER

O portal É Puro, É Vidro é uma iniciativa da ABIVIDRO, e segue suas diretrizes de Política de Privacidade.